NOME CIENTÍFICO: Plectranthus barbatus
NOME COMUM: Sete-dores, boldo-da-terra, boldo-de-jardim, tapete-de-oxalá, falso-boldo, boldo-brasileiro e alumã.
DESCRIÇÃO: é uma planta perene tropical, que atinge de 1 a 2 metros de altura, formando um arbusto de hábito arredondado. As folhas são aveludadas, simples, opostas, cruzadas, relativamente grandes. Produz flores azuladas, agrupadas numa inflorescência que se desenvolve ao longo do ramo central da planta. Muito utilizada na medicina tradicional Hindu, das regiões tropicais da África, da China e do Brasil e com considerável interesse comercial e científico.
CUIDADOS E PLANTIO
O boldo pode ser plantado em praticamente todas as regiões do Brasil, pois é uma planta herbácea que gosta de muito sol. No entanto, esta planta não resiste muito bem ao frio intenso, principalmente às geadas. Pode plantar boldo diretamente na terra ou em vasos ou jardineiras. Esta planta propaga-se por meio do galho de boldo, sendo que se optar por plantar boldo na terra, deve manter um espaçamento de 1 metro entre mudas. Amarrar o boldo a estacas é necessário para que a planta não quebre com o próprio peso. Para plantar boldo em vasos ou jardineiras, com pelo menos 30 cm de altura, pois esta variedade pode atingir entre 1 a 2 metros de altura.
Deve regar o boldo com certa frequência, mas não é preciso fazê-lo diariamente, apenas quando a terra estiver muito seca. Após cerca de seis meses do plantio do boldo já é possível realizar a colheita, cortando a parte final das folhas de boldo. Para preparar infusões pode usar as folhas frescas ou deixar ao sol durante uns dias. Quando as folhas estiverem secas, deve enrolá-las em papel jornal e guardar num vidro com tampa.
USOS MEDICINAIS
São utilizadas no sistema de saúde do sudeste africano e tanto lá, como no Brasil, muitos dos usos envolvem infusões e decocções preparadas a partir das folhas da planta. A espécie faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus, 2015), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. Indicado como analgésico, estimulante da digestão e para combater azias. Quando usado por longos períodos, pode causar irritação gástrica. Seu uso é eficaz no combate a males hepáticos. O boldo deve ser evitado durante a gravidez, pois pode ter propriedades abortivas. Os praticantes da medicina popular consideram que estimula as funções digestivas, aumentando a secreção biliar, e é diurético. Atua sobre o sistema nervoso ocasionando sono e leve torpor, por ser também hipnótico. As folhas de boldo têm demonstrado seu poder curativo em diferentes patologias como problemas gastrointestinais.
